domingo, 29 de novembro de 2009

Festival JAZZ PORTO 2009 - 27/11/09




O segundo dia do JAZZ PORTO 2009, começou com uma presença maior de público do que na noite anterior, não como merecia o festival, afinal shows gratuitos, em um local aprazível, era para ter mais gente, a noite mais uma vez estrelada, com aquela brisa agradável, começou com a apresentação do Trombonada (foto), grupo de música instrumental formado por um quinteto de trombones acompanhado por base harmônica e rítmica (guitarra, baixo, teclado e bateria) que surgiu em 2005, com a proposta de difundir a música para o trombone e popularizar o mesmo. O repertório apresentado foi totalmente voltado para a música de Pernambuco com influências e fusões com vários ritmos (rock, pop, jazz, jazz latino, funk, samba etc), o resultado deste caldeirão sonoro é uma música contagiante, vibrante, totalmente balançada e que agradou em cheio o público presente, a quantidade de cds comprados durante o show comprovava a aceitação do grupo. Cinco ótimos trombonistas que se revezavam nos solos e numa interação perfeita entre eles, alegria ao tocar juntos, esta foi a tônica da apresentação. Com os pé fincados na música pernambucana e os olhos e ouvidos voltados para outras culturas musicais, a Trombonada prova que é possível ser regional dialogando com o mundo. E como não poderia deixar de ser, finalizaram o show tocando um frevo que levantou a já animada e feliz plateia, com todo mundo continuando a dançar, bela apresentação.


A outra atração da noite foi o guitarrista argentino Danny Vincent, e como a rivalidade Brasil - Argentina é só no esporte, principalmente futebol, ele foi bem recebido, apesar de algumas gracinhas que pelo visto ele tirou de letra. Com um estilo mais elétrico e com nítidas e velada influência do extraordinário Carlos Santana, Danny começou o show já elétrico tentando animar a um pouco mais numerosa plateia, sem muito sucesso, alguns poucos já acima do teor etílico é que se dispuseram a acompanhá-lo em sua agitação. Com músicas próprias pouco conhecidas, apesar do seu virtuosismo e de ótimos acompanhantes, ele não conseguia empolgar a plateia, mesmo quando tocou Santana, foi preciso a entrada do peso pesado Big Joe Manfra para agitar a plateia, mas ele parecia não estar numa noite muito inspirada, deu o seu recado, tocou duas músicas, empolgou, e foi embora, para o seu tamanho foi uma apresentação relampago.


Quando a apresentação seguia morna, Danny com seus solos de guitarra, sem entusiasmar muito, ele caiu na besteira (besteira pra ele, claro) de chamar ao palco o Karl Dixon, é, aquele negão, opsss, afro decendente que arrasou na noite anterior, subiu ao palco com sua roupa branca e hoje com o mesmo chapéu estiloso só que na cor roxa e óclinhos escuro combinando com o chapéu, com um figurino deste e com sua malemolência, o resultado não poderia ser outro, foi só soltar a voz que a plateia caiu em delírio e literalmente não deixou o negão sair mais do palco, o coitado do Danny ficou em segundo plano, só dava Karl, quando ele atacou de "I Feel Good", a festa foi geral, ninguém ficou parado, engatou com "Happy Days" e a celebração foi total, se a noite anterior ficou na história, esta ultrapassou, o Karl comandando tudo, subiu todo mundo no palco a dançar, a galera embaixo extasiada com aquele som todo, Karl e companhia voltaram duas vezes ao palco, exigência do público, ninguém queria que terminasse o show, Porto de Galinhas viveu um momento único, uma noite mágica, quem presenciou se deleitou, aqueles que ficaram nos chiques resorts acumulando calorias, novamente perderam uma oportunidade de celebração da vida, através da música.

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