segunda-feira, 2 de novembro de 2009

LP Venus and Mars - Paul McCartney & Wings


Dos quatro, Paul McCartney foi o que mais manteve em carreira solo, a sonoridade dos tempos dos Beatles, por ser um dos principais compositores dos Fab Four e talvez por não ter o temperamento contestador e inovador de John Lennon, ele tenha optado por continuar um trabalho que deu muito certo.

Este é o seu sexto álbum após a separação dos Beatles, muito do que se ouvia na época dos rapazes de Liverpool, ainda se ouve aqui, a linha melódica permanece a mesma, é claro que Paul como um grande melodista que é consegue sua identidade própria nas músicas.

Repleto de baladas elegantérrimas, como só ele mesmo é capaz de fazer, o disco é um prazer aos ouvidos, Paul em plena forma, consegue dar uma sonoridade toda especial as sua músicas, nunca descambando para o vulgar ou piegas, da introdução "Venus and Mars", passando por sucessos como "Rock Show" e "Medicine Jar" o conceito musical de McCartney sempre nas alturas.

O rock "Call me back again" como o próprio título deixa transparecer, talvez seja a música que mais se aproxime do tempo dos Beatles do "Álbum Branco", Paul canta com um vigor há muito não visto. A melhor canção do disco "Listen to what the man said" também poderia ter saído de um dos maravilhosos álbuns dos Beatles, melodia primorosa que encanta os ouvidos, poucos fazem tão bem este tipo de música.

Acompanhado da excelente banda "Wings", que emoldura com competência as encantadoras canções de Paul, tem-se um disco que após escutá-lo, sai-se facilmente assobiando suas melodias com aquela sensação de prazer que só os gênios nos oferecem.

Ano de lançamento: 1975

Ano de aquisição: 1975

Nota: Este foi o primeiro LP importado que comprei, naquela época, as vezes esperavamos de três a quatro meses para que os discos lançados nos EUA chegassem em versão nacional aqui no Brasil, principalmente Recife, um amigo, João Falcão, tinha ido fazer um intercâmbio nos EUA e me trouxe este disco que tinha sido lançado na semana que ele estava voltando para o Recife, por isto teve dificuldade em comprá-lo, além do ineditismo em terras recifenses, tinha o fato de o projeto gráfico dos discos importados serem sempre de melhor qualidade do que os aqui lançados, além de capa dura, continha dois posters e alguns adesivos, eu simplesmente vibrei quando o disco chegou, principalmente por ser de um ex-Beatle.

Esta sensação de espera ansiosa, com a globalização, ficou perdida no tempo, hoje os que ainda se arriscam em lançar cds, o fazem em escala mundial, com apenas segundos de diferença, que diferença, haja tempos modernos.

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