terça-feira, 30 de junho de 2009

LP - Suzi Quatro - Suzi Quatro




Em um tempo que o rock era totalmente dominado pelos homens, surge esta bela garota que empunhando um baixo conseguiu se impor neste universo e fazendo boa música.

Ela quebrou todas as barreiras e estereótipos, conseguiu dar um novo sentido ao panorama do rock, estilo considerado masculino. É símbolo de emancipação, é símbolo de liberdade.

Durante boa parte dos anos 70, esta cantora ianque foi o símbolo do rock and roll de saias, com seus cabelos louros e esvoaçantes e performances vibrantes, como na maravilhosa 48 Crash, o grande sucesso deste LP, junto com "Can the can". A carreira de Suzi Quatro nos 70 foi marcada pela incríveis versões que ela fazia de clássicos de Little Richard e Elvis Presley cuja música "All shook up" ela canta neste seu primeiro disco que contém também uma ótima versão de "I wanna be your man" dos Beatles que chegou a fazer um certo sucesso na época.

Atrás de um rostinho angelical o que se via era uma desbravadora com seu rock pungente e vigoroso, sempre calcado no seu baixo elétrico, pena que o seu sucesso não teve um período longo.

Ano de lançamento: 1974

Ano de aquisição: 1974

Nota: A maioria dos LPs comentados foram comprados em uma lojinha aqui no bairro de Boa Viagem, próximo ao mercado público, a loja se chamava "A Modinha" era pequena, lá tinha um vendedor elétrico que entendia tudo de música, principalmente do rock, aprendi muito com ele, diferentemente dos vendedores de hoje, que mal conseguem diferenciar esteticamente e musicalmente Xuxa de Ximbinha, se você perguntar sobre o álbum branco dos Beatles, eles olham com uma cara, doidos para falarem "que melda é esta?". De tanto ir nesta loja, terminei virando amigo deste vendedor que infelizmente não me recordo o nome, passávamos tardes lá na loja ouvindo as novidades musicais e falando sobre música. Geralmente nos sábados a tarde assistia às 15:00h o programa de clipes de rock "Sábado Som" comandado pelo ótimo Nelson Mota, sempre sinal de boa música, onde assistia clipes maravilhosos, depois assistia um pouco da irreverência do "Velho Guerreiro" no seu Cassino do Chacrinha e por volta das 17:00h ia para a loja de disco ouvir as novidades, por muito tempo este foi o meu programa preferido das tardes de sábado, nada mais agradável.

Hoje as opções da garotada são o programa "Estrelas", depois o "Caldeirão do Hulck" e depois passear no Shopping center, é.... preferia o meu.

sábado, 27 de junho de 2009

DVDs - Roberto Carlos em Ritmo de aventura / E o Diamante cor de rosa




"Quando, ....você se separou de mim, quase que a minha vida teve fim, sofri, chorei, tanto que nem sei" ao ver Roberto se apresentar em cima de um prédio numa cena antológica, nove entre dez garotos queriam incorporar o espírito aventureiro do Rei no seu filme "Em Ritmo de Aventura" e eu não podia ser diferente da maioria, este foi um dos filmes que marcaram bem a minha infância, me lembro que assisti no já demolido Cine Moderno, um grande cinema do centro que nada se parecia com as salas frias e assépticas dos Multiplexs de hoje, naquele tempo podia-se assistir quantas sessões quisesse e só saí do cinema quase que puxado pela minha mãe, mas, só depois de assistir pela segunda vez seguida outra antológica cena, onde Roberto atravessa um túnel com um helicoptero, se hoje esta cena parece coisa de amador de terceira categoria, à época causava apreensão e suspiros na plateia que não desgrudava os olhos da tela.

Para se desvencilhar de bandidos internacionais que querem raptá-lo, Roberto Carlos abusa de acrobacias como descer dentro de um carro pendurado num guindaste e atravessar o Túnel do Pasmado pilotando um helicóptero.
Roberto aparece cantando sucessos inesquecíveis como "Namoradinha de um amigo meu", "Negro Gato", "Eu te darei o céu", "Eu sou terrí­vel", "De que vale tudo isso", "Por isso corro demais" e "Quando", dificil não se emocionar. Apesar da história fantasiosa, o filme tinha a pretensão de mostrar um Roberto Super herói em contraponto a verdadeira invasão de heróis que o cinema americano queriam impor ao mundo, o intuito não foi conseguido, mas de quase herói, Roberto se transformou em "Rei", só que herói envelhece e rei vira eterno.
Se no "Em Ritmo de Aventura" a história era compreensível, já em "E o Diamante Cor de Rosa" a história não tem pé nem cabeça, eles misturam alhos com bugalhos, mudam tanto de cena e lugar que até os personagens ficam perdidos, mas..... com uma trilha sonora daquelas, o que menos importa é a história, deve-se encarar o filme como um grande clipe onde Roberto, Erasmo e a Wandeca (em ótima fase, belas pernas) desfilam músicas que encantaram a todos, em uma das melhores fases do trio, terminada uma cena emoldurada por uma das belas canções ficamos torcendo para que surja uma nova cena com uma nova música. A história é sobre um diamante cor de rosa e há perseguições e.......... ah deixa pra lá, feche os olhos e ouça o filme, você vai se deliciar.
Assistir a estes dois filmes em DVD, foi uma verdadeira volta ao passado, onde a ingênua simplicidade sobressaía, tudo era bem mais tranquilo, lírico e menos perigoso, bons tempos.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

LP - Dancing Machine - Jackson 5



É, ele se foi.
Sempre nutri por Michael Jackson uma certa admiração, numa época mais em outras menos, nada de idolatria, mas desde moleque, eu com nove anos e ele com dez, vi o despontar da carreira daquele menino com uma voz de falsete que cantava e dançava como poucos, por muitos anos assisti as aparições, programas e desenhos animados do Jackson 5, na verdade, além da admiração eu queria ser um pouco como ele e sonhava num futuro montar com meus irmãos um conjunto musical, fazer sucesso e ganhar muito dinheiro, sonho este, que com o passar dos anos foi totalmente dissipado, com a descoberta que nenhum de nós 5 tinha qualquer aptidão musical e eu com minha voz de taquara rachada e meus quilos a mais, ia ser difícil ser o cantor e dançarino do conjunto.
Este LP foi o ocaso dos Jackson 5, todos já taludos, não conseguiam mais esconder a fogueira das vaidades e a disputa de egos que se tornaram a vida deles, resultante de um sucesso fenomenal iniciado muito cedo, talvez tenha sido daí o começo dos possíveis problemas psicológicos que atingiram o melhor, sem sombra de dúvidas, dos cinco irmãos. O disco, nem de longe, chegava perto dos deliciosos, vibrantes e maravilhosos sucessos iniciais, realmente estava na hora de mudar.
Ao contrário da Madonna, que tem seu sucesso garantido por uma competente equipe de marketing que se sobrepõe (ou supervaloriza) a sua música, Michael Jackson foi responsável por dois discos fundamentais na história musical mundial "Off the wall" e "Thriller", para os amantes da música, chega a ser impossível não gostar deles. O sucesso arrebatador de "Thriller" torna Michael um Deus para seus fãs e talvez aí, ele tenha cometido seu grande erro, achar que podia tudo, mas sua história mostrava isso, que ele podia tudo, até mudar de cor, foi quando pirou de vez, pois com isso não estava apenas renegando a "cor" e sim a "raça" e aí amigo, não tem cabeça que resista e ele afundou psiquicamente e musicalmente, seu último disco de inéditas, "Invincible" (2001), foi um desastre total, talvez reflexo do seu estado emocional, aquele negão bonito de outrora se transformou numa "coisa" que junto com suas atitudes mostravam bem os problemas psiquícos que ele tinha.
Michael Jackson deixa um legado musical bastante extenso quantitativo e qualitativo, tanto em carreira solo quanto com os Jackson 5 e uma certeza, ninguém no showbizz, dançou como ele. Deve ser lembrado pelo que ele fez musicalmente e não por "aquilo" que se transformou ultimamente.
Ano de lançamento: 1974
Ano de aquisição: 1974

terça-feira, 23 de junho de 2009

LP - Segura o pé de bode - Abdias dos oito baixos

Em época de São João e festejos juninos, nada como postar este raríssimo LP de Abdias dos 8 baixos, Abdias é um daqueles músicos excepcionais que infelizmente, como tantos, não tiveram o reconhecimento a altura do seu talento, sanfoneiro de 8 baixos, que segundo os entendidos, não é para qualquer um, tocando o genuino forró pé-de-serra, ele nos remete aos autênticos palhoções com poeira levantando e um cheiro de sertão no ar, com músicas como "Zefinha das Camôranas", "Zé Bochudo no forró" e "Fraguei" ele exprime o sentimento sempre lúdico do sertanejo.

Tão talentoso quanto Jackson do Pandeiro e o grandioso Luiz Gonzaga, sua discografia está praticamente esquecida e raros são os cds com a música dele, enquanto que o "Mastruz com Leite" já vai no "vol. 278", uma pena.

Durante muitos anos da minha vida, da infância até a adolescência, quase sempre passava minhas férias do início do ano no Rio de Janeiro e a do meio do ano em Campina Grande, minha terra natal, navegava entre o rock, o samba, o frevo, o maracatu e o forró e reisado, talvez venha daí todo este meu ecletismo musical. Na minha passagem por Campina Grande me encantava muito os festejos juninos, porque conhecidia com o aniversário de minha mãe e como a família é grande, reunia-se quase todos, acendiamos uma fogueira e soltavamos fogos, mas o que mais me chamava a atenção eram os shows no palhoção no centro da cidade, onde hoje é o parque de eventos que concentra toda a festa do São João, por lá, assisti a grandes forrozeiros, Genaro, Camarão, Marinês, o próprio Abdias, Trio Nordestino, Dominguinhos e o sempre maravilhoso Luiz Gonzaga, entre tantos outros anônimos que tocavam o melhor do forró, como não tinha a divulgação que tem hoje, tudo era muito tranquilo e os que frequentavam eram verdadeiros abnegados e amantes do forró, nada contra os festejos atuais, sem saudosismo, mas a festa ficou grande demais, era inevitável, e infelizmente desvirtuou-se da tradição original.

Quem nunca dançou arrastando o pé calçado com uma alpercata de couro, levantou poeira, ralou o bucho, roçou as coxas e sentiu o suor da(o) parceira(o) no rosto, nunca vai saber e entender a essência do forró.

Ano de lançamento: 1967
Ano de aquisição: ?

domingo, 21 de junho de 2009

Projeto OBSERVA E TOCA - Torre Malakoff


O Projeto "Observa e Toca" é patrocinado pelo Deptº de Música da FUNDARPE (Fundação de Cultura do Estado de Pernambuco) que tem como um dos objetivos discutir com palestras e debates a música de um modo geral, como também dar espaço para que novos artistas se apresentem em showcases, sempre aos sábados à tarde e com três atrações por dia capitaneadas por algum artista já conhecido, ontem tocaram a banda "Ínsula", "Cinval coco grude" e "Sérgio Cassiano".

A banda Ínsula é da novissíma cena pernambucana, criada a apenas dois anos, fez um show bastante competente, tocando músicas próprias e covers de Bezerra da Silva, Tom Zé e The Doors, mostraram que o caldeirão é eclético, os covers com arranjos próprios davam um toque pessoal da banda sempre com resultados positivos, banda azeitada e músicos muito bons, uma grande promessa no circuito musical pernambucano.

Cinval é um artista com um nome já feito principalmente no meio musical, com uma produção profícua, ele já tem 22 cds lançados no mercado, isso com no máximo dez anos de carreira e com uma produção desta, dá para imaginar que ele toca de tudo, apesar de mais centrado na música instrumental e eletrônica, fez um show que agitou a pequena mas animada plateia, em cima de bases pré-gravadas e no palco ele na voz e percussão acompanhado de um sax e baixo, música acima da média.

A última atração da tarde foi o ex-integrante da "Mestre Ambrósio" o percussionista Sérgio Cassiano, a Mestre Ambrósio foi uma ótima banda que já se desfez e que segundo seus integrantes tocava "forró pé-de-calçada", um sopro de inovação no forró. Após a saída do MA, Sérgio Cassiano se aventurou a soltar a voz com resultados bons, mas é como percussionista que ele mostra toda sua qualidade, músicas mais voltadas ao regional ele também contagiou o público com muito ritmo e ginga, pena que o músico desta qualidade tenha tanta dificuldade em gravar um cd, o último e único que gravou na carreira solo foi há mais de três anos, todos nós estamos perdendo.

Espero que este projeto tenha vida longa, sempre com artistas de qualidade, pois o astral do local é ótimo, despojamento puro, falta só a galera comparecer em maior número.

sábado, 20 de junho de 2009

A Ilha do Corsário - Errol Flyn


O cinema é uma outra grande paixão, na minha memória, o primeiro filme que tenho lembrança de ter assistido foi "A Ilha do Corsário" com Errol Flynn, nem tanto pelo filme, me lembro de algumas cenas, mais pelos fatos ocorridos antes da ida ao cinema, assisiti ao filme no Cine Capitólio em minha cidade natal Campina Grande/PB, na realidade só fiz nascer lá, onde meus avós moravam e como meu pai viajava muito, minha mãe ia ter os filhos lá, nunca cheguei a morar, mas sempre passava minhas férias do meio do ano e ia também várias vezes durante o ano, eu simplesmente adorava encontrar com primos e amigos para brincar e brincava muito.

O ano era 1967, eu com apenas sete anos não via a hora de poder ir ao cinema, estava na casa de minha avó e a ansiedade era grande, ia com meus irmãos e primos mais velhos e todos já tinham ido ao cinema e falavam com tanta admiração que aquilo só aumentava a minha vontade de ir, aumentando também a aflição, pois as horas teimavam em não passar, finalmente chegada a hora, saímos eu, meus dois irmãos e dois primos e ao deixarmos a casa de minha avó o terrorismo deles começou e o que para mim seria a realização de um momento tão esperado começou a se tornar um pesadelo, criança quando quer ser cruel ela é cruel e sobra sempre para o menor, no caso eu, o filme tinha censura de dez anos e como eu tinha sete, existia a possibilidade de eu não entrar o que aumentou minha aflição, no caminho meus primos que eram de lá diziam que se o porteiro tal, já um senhor de idade e bem bruto, na descrição deles, estivesse na bilheteria a minha chance de entrar era mínima, além de não entrar iria receber uns gritos do tal porteiro e teria que ficar do lado de fora esperando que eles assistissem ao filme, a minha aflição começou a se tornar desespero. Ao chegarmos lá, um quase alívio, não era o tal porteiro que estava na bilheteria, aliás nem sei se um dia existiu este porteiro, talvez fosse só história dos meus primos, mesmo assim eles disseram que o porteiro do dia também não era tão bom assim, com o ingresso na mão que mal conseguia segurá-lo, devido a tremedeira, tive a sensação que o coração iria sair pela boca, tal a apreensão ao passar pelo porteiro, um alívio tomou conta de mim, agora era só assistir ao filme, qual o que, era uma sessão da tarde e a algazarra dentro do cinema, antes de começar o filme, era grande, só que meus primos com uma ajuda maior dos meus irmãos, recomeçaram a meter medo, agora por causa do lanterninha do cinema que coitado estava tendo um trabalhão para conter aquela molecada toda, com isso meus primos mandavam eu me esconder do lanterninha pois se ele me visse iria me tirar do cinema, aí eu quase chorei, conseguir passar pelo porteiro e ser retirado pelo lanterninha era demais para mim, além do fato de não poder assistir ao tão esperado filme teria que ficar lá fora sozinho e isto com sete anos de idade. Depois de ver os gritos do lanterninha com os outros garotos, fiquei a imaginar a cena de ele, aos berros, me tirando do cinema, então toda vez que ele se aproximava, eu ia me abaixando na cadeira até ficar quase escondido e segurando o coração que novamente queria sair pela boca.

Finalmente as luzes se apagaram e eu na minha ingenuidade não me contive e gritei "conseguiiiiiiii".

Do filme não me lembro muito bem, me lembro que fiquei maravilhado com aquela tela enorme e das cenas de combate pirata, com Errol Flynn voando com sua espada. Da minha aventura, esta, não esquecerei nunca.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Love it to death - Alice Cooper (LP)


Este foi o terceiro disco da Tia Alice, o primeiro por uma grande gravadora (Warner), antecessor do matador "Killer" (já postado aqui no blog). Alice Cooper e banda começavam a delinear seu som, ainda próximo ao som sujo de garagem, um rock sem muita firula bem simples, melodias fáceis, mas que já demonstrava que poderia evoluir muito, pode-se ouvir alguns bons solos de guitarra acompanhado de vez em quando por uma harmônica bem colocada, a voz de Alice está mais gutural que nunca. Destaca-se algumas músicas como "Caught in a dream" e "Black Juju" que começa com ares de Bolero de Ravel e vai num crescendo até a entrada triunfante de um órgão Harmond, volta a ser soturna para terminar os seus nove minutos de duração de maneira vigorosa, a grande canção do disco é "I'm eighteen" que se tornou seu primeiro grande sucesso e abriu as portas para que Tia Alice ganhasse o mundo, falando sobre as agruras e conflitos de um jovem de dezoito anos, com um peso na melodia, a música exprime bem o início dos anos setenta, pós guerra do Vietnã.

Para os fãs mais ardorosos, este é o grande disco da Tia Alice e um verdadeiro clássico do Rock, excessos a parte, o disco não faz feio e se mantém bastante escutável ainda hoje.

Ano de lançamento: 1971
Ano de aquisição: 1974

Nota: Apesar de ter sido lançado em 1971, só consegui comprá-lo aqui em Recife no ano de 1974, naquela época conseguir discos antigos era quase tão difícil quanto ganhar na loteria, as poucas lojas existentes na cidade não repunham os discos mais antigos dos artistas, este só foi relançado na esteira do grande sucesso que Alice conseguiu no Brasil, de outra maneira seria muito difícil, só importando, e pelos olhos da cara.

Estava numa fase de novas descobertas, o ardor por Tia Alice começava a diminuir, mas foi impossível resistir a tentação de ver um dos primeiros álbuns dele a venda nas lojas e com uma capa dessas, Alice sempre debochado (talvez tenha sido inspiradora para Paul McCartney no seu "Band on the run", só que bem mais comportado), é mais um disco que guardo com muito carinho.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Black Beat - Vários (LP e CD)


A coletânea Black Beat foi lançada em 1973, na esteira do sucesso da gravadora Motown, e é claro que uma major como a CBS não iria perder a oportunidade de faturar.

Apesar de não contar com os grandes artistas da época, a coletânea não deixa a desejar, amparada no sucesso "Thanks for saving my life" um soul suingado de Billy Paul, ela inclui diversos outros hits menores, em relação ao sucesso, mas que tinham o irresistível balanço da geração Motown, por este LP desfilaram artistas mais conhecidos como Harold Melvin & The Blue Notes, The Isley Brothers, The O'Jays (que vozes), com menos conhecidos como The Ebonys com a deliciosa "Sexy Ways" e Brenda & The Tabulations uma cantora a la Aretha Franklin.

Como sempre a soul music mostrando sua força.

Ano de lançamento: 1973
Ano de aquisição LP: 1974
Ano de aquisição CD: 04/1997


Nota: Este é mais um LP que herdei do meu irmão, que chegou a ficar nas paradas de sucesso aqui no Brasil, uma outra descoberta tardia, mas antes tarde do que nunca, na época nem sequer olhava para este disco, primeiro porque não era rock e depois porque era uma coletânea e para mim um álbum tinha que ser conceitual, com músicas que se interligassem e não apenas um mero desfile de músicas, adolescente tem cada coisa.

terça-feira, 16 de junho de 2009

LP - Buddha and the chocolate box - Cat Stevens



Ele vendeu mais de 40 milhões de discos entre o final dos anos 60 e meados dos 70, quando ainda era um gato, esteve perto da morte, encheu o saco de tudo e foi tentar falar com Alá, de meio riponga se converteu ao Islamismo e foi viver de ajudar o próximo e se comunicar com Alá, foi até proibido de entrar nos EUA, na era maluca do maluco criança Bush, temendo-se ser um terrorista.
Quando se converteu ao Islamismo deixou de ser gato e virou Yusuf Islam, mergulhou no anonimato, gravando discos esporádicos de música Islamica, só em 2006 voltou a gravar um disco de digamos música ocidental, "An other cup" mas ainda com o nome de Yusuf, resultado, pouca gente soube e deixou de ouvir um excelente disco, Yusuf voltou a ser o velho gato de antes, todos os anos de reclusão e enclausuramento não fizeram com que ele perdesse a maestria de criar músicas maravilhosas, mas isto é uma outra história.

"Buddha..." foi lançado quando Cat Stevens já estava no auge da popularidade, mas estava experimentando um período de entressafra, muito por ter ousado no trabalho anterior, "Foreigner", cheio de composições enormes, em forma de suítes folk-prog, que jogaram contra seu status de hitmaker. Seus discos Mona Bone Jakon (1970), Tea For The Tillerman (1970) e Teaser And The Firecat (1971) colocaram o sujeito na proverbial crista da onda. Em 1974 ele voltaria às paradas com o sucesso "Oh very young", deste disco, uma das mais belas canções pops que se tem notícia, Cat sempre primou pela qualidade dos arranjos. Outros hits do disco são "Music"; "Sun/C79" e "Ghost town" belas canções pops construídas sobre arranjos bem elaborados que casavam perfeitamente com a bela voz do gato, "Ready to love" inicia com uma batida de violão de arrasar, este disco mescla músicas mais balançadas com músicas mais lentas, sempre muito bonitas, poucos artistas conseguiram unir tão bem musicalidade com qualidade.

Ano de lançamento: 1974
Ano de aquisição: 1974

domingo, 14 de junho de 2009

Show - Renata Rosa + Lo Cór de La Plana



Assistir a um espetáculo sem nenhum conhecimento das atrações pode-se ter dois resultados, decepção ou uma grata surpresa, que foi o que aconteceu com o show "Lo còr de La Rosa" da cantora paulistana radicada no Recife, Renata Rosa e o conjunto Francês de Marselhe "Lo Còr de La Plana" apresentado hoje no teatro de Santa Isabel como parte das apresentações de comemoração do ano da França no Brasil, um show composto de sambas de coco, rojões de roça, polifonias vocais indígenas, cirandas, rabecas, cavalo-marinho, canto à capela de Marselha, som de “bendirs” e “tamburello” e batidas de pés e mãos, cantados juntos e em separados, que se tornaram tão próximos mesmo sendo de culturas distintas, impressionante como pode-se ter tantas semelhanças.

O caldeirão estético que deu origem ao espetáculo Lo Cor de La Rosa resultou de um trabalho conjunto entre Renata Rosa e o grupo Lo Còr de la Plana. A apresentação mostrou o trânsito musical de múltiplas influências - nordestinas, árabes, ibéricas, francesas ciganas, indígenas - da cantora, rabequeira e compositora Renata Rosa e do grupo Lo Còr, sintetizadas na pesquisa musical que ambos realizam em seus respectivos países, focadas na polifonia rítmica e vocal.

Apesar de paulistana, o nordeste e a sua cultura oferecem as matizes para o trabalho de Renata, onde as vozes ocupam um lugar de destaque. Arte de canto inspiradas nos sertões e no povo indígena. Do Sul da França e norte da África vem a música do Lo Còr, segundo explicação apresentada, repleta de referências poéticas e cultura Occitana, com forte tradição de transmissão oral.

Um show que surpreendeu pela semelhança musical entre as culturas, com um resultado belo e bastante positivo.

LP - Mind Games - John Lennon

Considerado o melhor dos quatro rapazes de Liverpool, claro que há controvérsias, John Lennon teve uma produção artística pós Beatles muito irregular, sempre alternando composições magníficas (a maioria) com composições medianas e algumas inexpressivas (poucas), é certo que o fantasma de Yoko sempre onipresente, até nas capas dos discos, fez com que sua música tomasse outros rumos que não o encontrado na época dos Beatles, o que por um aspecto pode ser considerado um fator positivo, pois ampliou as possibilidades de um evolução artística.

Em novembro de 1973, John Lennon lançava "Mind Games", seu quarto LP após o fim dos Beatles; e o primeiro produzido inteiramente por ele mesmo. Na época, este álbum teve um sucesso relativamente bom, ficando em nono lugar entre os mais vendidos durante três semanas nos Estados Unidos, segundo a Billboard. Na Inglaterra, o álbum mal conseguiu ficar na décima nona posição por uma semana, sucesso comercial de lado, Mind Games consegue ser um de seus álbuns mais reflexivos, porém sem a amargura e tormento ou excessiva neurose revolucionária demonstrados em discos anteriores. Encontra-se aqui rocks filosóficos, composições acústicas e baladas românticas, ao mesmo tempo em que se oferece letras interessantes, sempre associados ao amor e ideologias pacifistas. O tema central é essencialmente a conscientização da sociedade da necessidade de homens e mulheres dividirem igualmente as responsabilidades do mundo e de suas vidas, em harmonia.

Os destaques do disco são a excelente faixa título, a música "Tight A$" e o libelo "Nutopian Internacional Anthem", Nutopiam (Nutopia) é um país conceitual. Em meio a sua luta com a Imigração para permanecer nos Estados Unidos, John Lennon, ao lado de sua esposa Yoko Ono, e seu advogado Leon Wildes, deu, no dia primeiro de abril de 1973, a seguinte declaração a Associação dos Advogados de Nova York: "Nós anunciamos o nascimento de nosso país conceitual Nutopia. Cidadania para o país pode ser conseguido através de uma declaração de reconhecimento à existência de Nutopia. Nutopia não tem terras, fronteiras, passaportes; somente pessoas."

Poucos artistas foram tão engajados políticamente, principalmente em causas pacifistas quanto John e Yoko, sua morte foi uma perda lamentável tanto para a música quanto para estas causas, com a autoridade de um artista de renome mundial, hoje teria um papel importantíssimo no sentido de não deixar que esta letargia que assola as cabeças pensantes do mundo, cada vez mais aumente de proporção.

Ano de lançamento: 1973

Ano de aquisição: 1974

Nota: Este LP é mais um que herdei do meu irmão, ele comprou poucos discos, agora vejo que ele até tinha um bom gosto musical.

Um dos fatos que me lembro com uma clareza total, foi quando vi a notícia da morte de John Lennon, naquele fatídico 08 de dezembro de 1980, quando ao chegar em casa do trabalho na hora do almoço e assim que liguei a televisão, Léo Batista no programa Esporte Espetacular confirmou a notícia que John Lennon tinha sido assassinado, eu que era um admirador inconteste dele, não acreditava no que via, nesta época para mim haviam três grandes artistas, John Lennon, Bob Dylan e Chico Buarque e aquela notícia recebida de uma maneira tão inesperada em um programa esportivo foi demais para mim e não consegui conter as lágrimas, foi a primeira e única vez que chorei por um artista, achava uma perda monumental, não apenas pelo lado musical, mas principalmente pelo lado do artista contestador que ele sempre foi e numa época que ele depois de quase cinco anos de reclusão estava voltando a lançar discos e se posicionar politicamente, associado a isto a maneira brutal e sem sentido como ele foi assassinado, era para qualquer um desmoronar, até hoje ele faz falta, como já disse uma perda lamentável.

Concerto para 2 pianos - Paule Cornet e Vítor Araújo


Ela é Francesa de Lyon, ele Pernambucano de Recife, se apresentaram dia 12/06/09 no Teatro de Santa Isabel, como parte das comemorações do ano da França no Brasil, o Vítor Araújo é um jovem pianista de 19 anos, estudante desde os nove do conservatório pernambucano de música, que tem se destacado pela maneira inusitada de tocar, com arranjos próprios tanto para música popular quanto para clássicos, causando polêmica, principalmente entre os conservadores, foi destaque há dois anos a polêmica causada com o Maestro e compositor Marlos Nobre que não gostou nadinha da maneira como o Vítor tocou uma música sua, a briga foi feia, há processos entre as partes, afetações à parte, este talvez seja um problema que ele deva trabalhar, o certo é que o rapaz musicalmente sabe o que faz, como demonstrou nesta apresentação, ficou muito boa sua já famosa releitura para o clássico de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira "Asa Branca", mostrou possibilidades pianísticas diferenciada para um mesmo tema, sua maneira de tocar se assemelha ao do excelente Keith Jarret...., tá legal, não vamos exagerar, tá certo que ainda falta muito para ele chegar a ser comparado ao gênio, mas, se ele não se perder tem talento para isso.

Paule Cornet mostrou-se uma pianista muito segura, principalmente quando tocaram juntos um tema do grandioso Hermeto Pascoal, mais comedida, ela mostrou nuances líricas no arranjo e composição que fez em homenagem ao mesmo Hermeto.

Juntos ainda tocaram uma composição de uma ótima banda da jovem cena musical pernambucana a "MOMBOJÓ" tornando a canção "Baú" de um lirismo nunca visto, um momento especial e belo.

No bis, tocaram juntos um samba de uma maneira inusitada, com intervenções nas cordas dos pianos Steinway & Sons, o que deve ter levado a loucura a direção do teatro, um belo espetáculo, a altura da cultura dos dois países, que venham mais comemorações.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

LP - Brasil Trombone /CD - O Som da Gafieira - Raul de Barros









Uma triste notícia, morreu na segunda feira (08/06/09) aos 93 anos em decorrência de um efisema pulmonar e insuficiência renal, um dos maiores instrumentistas brasileiro, considerado um dos melhores trombonistas do País.
Raul de Barros morreu quase no ostracismo e esquecido, sem o reconhecimento a altura do seu talento, desde 1980 morava na cidade de Maricá/Rj, alternando momentos de ostracismo com aparições episódicas.
Ele iniciou sua carreira nos anos trinta, apresentando-se em clubes do suburbio do Rio, trabalhou nas rádios Tupi, Nacional e Globo, foi da orquestra do Copacabana Palace, sob regência do Maestro Carioca, tocou na orquestra RCA Victor com Pixinguinha, teve sua própria orquestra e gravou 48 discos, a maioria na década de 60. Inventou um estilo chamado "hot samba" e foi referência para inúmeros trombonistas brasileiros, inclusive Raul de Souza, que em sua homenagem, tomou-lhe emprestado o nome artístico.

Descobri o som da gafieira através deste LP "Brasil, Trombone" quando morei no Rio de Janeiro, um som maravilhoso que exprimia despojamento e leveza, associado a isto e por consequência descobri e passei a frequentar o "Estudantina", um reduto boêmio no centro do Rio, localizado na praça Tiradentes, famoso pelo espaço de dança, um local simples e frequentado por pessoas simples que tinham na gafieira um estilo de vida e que ainda preservava uma ambiência antiga e romântica como dos velhos tempos do Rio, bem diferente do que hoje encontramos no festejado bairro da Lapa, um local felizmente recuperado, onde fervilham bares e casas de show. Na Estudantina tive o prazer de assistir os melhores instrumentistas e cantores do som de gafieira deste País, eram noites indescritíveis, lá de tanto ver aqueles senhores vestidos de terno de linho branco com sapatos e chapéu idem, verdadeiros pé-de-valsas, eram dançarinos não de passos de dança contados, mas dançavam com a alma, sentimento puro e num sincronismo com a música quase perfeitos, alguns com estatura mediana que nunca se intimidavam com as mulheres maiores e davam verdadeiros shows, vendo estes senhores consegui assimilar e aprender um pouco a dançar gafieira e foi quando percebi que a dança tem um poder psicanalítico em sua mente, lhe tornando mais solto e leve e quando associado a um teor etílico mais elevado, transformava a sua vida num prazer total, era uma festa só, sempre me lembro com carinho daquele lugar.

Estes LP e CD demonstram a qualidade do instrumentista que era Raul De Barros, um verdadeiro desfile de pérolas do cancioneiro popular em ritmo de gafieira, impossível ficar parado ao ouvi-los e sempre fica a sensação de que escutar e dançar gafieira tem o efeito de deixar as pessoas mais alegres e de bem com a vida, a despreocupação e simplicidade dos músicos contagia qualquer um, discos eternos recheados de músicas eternas.

Raul de Barros e tantos outros instrumentistas excepcionais que temos (Hélio Delmiro, Heraldo do Monte, Théo de Barros, Canhoto da Paraíba, etc...) são o exemplo do descaso que se têm neste País com a cultura e com músicos de qualidade, só Raul tem 48 discos gravados que simplesmente nunca foram relançados, culturalmente isto é inadimissível.

Ano de lançamento LP: 1975
Ano de aquisição: 1986
Ano de lançamento CD: ?
Ano de aquisição: 2000

domingo, 7 de junho de 2009

LPs - Pop Hystory vol.2 / Loose ends.... - Jimi Hendrix












Ele surgiu como um anjo negro endiabrado, passou como um meteoro, destruindo e botando fogo em tudo, quebrando regras e inovando, no pouco tempo que teve, mostrou que não existia limitações no tocar um instrumento, talvez sua missão tenha sido esta, tanto é que até hoje, por melhores que sejam, os guitarristas tentam, tentam e tentam, mas nunca conseguem suplantá-lo, sequer igualá-lo, um artista completo, um exímio guitarrista, compositor e um ótimo cantor, com sua voz peculiar e inconfundivelmente bela, apesar dele achar o contrário, a verdade é que tanto nas composições próprias, quanto na de outros autores, Jimi Hendrix sempre deixou a sua marca, imposível ouvir suas músicas com outros artistas e não se remeter a dele, como sendo a melhor interpretação, além disto tudo era um ótimo figurinista, responsável pela criação de suas vestimentas, determinou uma marca que representou a cara de uma geração, a geração "paz e amor", a geração "flower power".

Foi um mestre em combinar seu próprio impacto visual com a mensagem de sua música - quando sua guitarra soava como uma metralhadora, ele a segurava como se de fato fosse, ao cantar sobre o amor ele a acariciava.


A coleção "POP HYSTORY" foi um marco inicial no segmento de discos de coletâneas de rock principalmente para iniciados, com uma seleção de artistas de primeira categoria, tinha no seu repertório e nas capas sua marca registrada o que o diferenciava de outras coletâneas, com os principais hits escolhidos de cada artista, os discos eram sempre uma mostra do melhor já produzido, com este de Jimi Hendrix não era diferente, composto só de canções que primavam pela qualidade.

"LOOSE ENDS" é um álbum de estúdio póstumo do guitarrista, lançado em fevereiro de 1974 na Inglaterra. Esse foi o quarto álbum de estúdio de Jimi Hendrix a ser lançado após a sua morte, nele o que se vê é uma certa tendência de mudança de postura na música do grande gênio, ao invés de pertardos sonoros, o que se vê são músicas mais cadenciadas pendendo para o blues, a guitarra permanece magnífica, a versão de "I'm Your Hoochie Coochie Man" clássico de Willie Dixon é definitiva e simplesmente arrebatadora com mais de 10 minutos de duração de puro blues, outro destaque é a composição "The Drifter's Escape" de Bob Dylan, um artista que Jimi cultuava, além da sensacional versão de "Blue Suede Shoes" de Carl Perkins e como curiosidade a música "Have you ever been" uma sobra de estúdio do antológico álbum "Eletric Laydland".

Uma pena que ele tenha nos deixado tão cedo, mas talvez o seu destino tenha sido este, uma vida curta mas eterna.

Ano de lançamento:1973 / 1974

Ano de aquisição: 1974

sábado, 6 de junho de 2009

LP/CD - Killing me softly - Roberta Flack

Com a arrasa quarteirão "Killing me softly" a música, Roberta Flack, foi catapultada, junto com o disco homônimo, para as alturas das paradas de sucesso da época e ainda hoje a música é uma das campeãs, nas paradas de flash back das rádios, falando do desespero de ver sua vida sendo exposta por um amor incompreendido, ela tocou corações apaixonados e se tornou eterna por tratar de um relacionamento incerto, e convenhamos a frase título "matando-me suavemente com sua canção" é simplesmente genial.

Com um repertório repleto de baladas românticas, sem nunca resvalar para o meloso ou açucarado, o disco soa agradável de se ouvir onde Roberta destila suas qualidades como cantora com uma voz límpida e também como exímia pianista e tem-se pelo menos mais duas músicas muito boas, a alegre "When you smile" e uma versão bastante competente de "Suzanne" do sempre soturno e irascível, mas ótimo, Leonard Cohen, onde os ares depressivos característicos de suas canções associados a uma musicalidade de alto nível, são muito bem interpretadas.

No CD, proveniente dos recursos tecnológicos, a voz de Roberta se torna mais límpida e o seu piano mais destacado.

Ano de lançamento: 1973
Ano de aquisição LP: 1973
Ano de aquisição CD: 07/1991

Nota: Este é mais um dos discos do meu irmão, que também trouxe de Londres e como já falei, na época torci o nariz, mas foi incorporado a minha coleção muito tempo depois, tanto é que quando saiu em cd, não resisti e comprei, afinal escutar as três músicas citadas, além das outras, com a qualidade do cd valia a pena.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

LP - Energized - Foghat


Foghat é mais uma grande banda de rock britânica que teve o auge de seu sucesso na segunda metade da década de 1970, mas não conseguiu sobreviver ao tempo, se os seus discos da fase inicial são verdadeiros clássicos do rock, a partir dos anos 80, a banda tomou outros rumos e não conseguiu manter a mesma qualidade. Seu estilo pode ser descrito como blues-rock, dominados por guitarras e guitarras slide.

Na época, eles não tiveram muito espaço na Inglaterra apesar do som vigoroso e de ótima qualidade (a concorrência era grande, tanto quantitativamente, quanto qualitativamente), desiludidos, se mudaram de mala, cuia e guitarra para os EUA, onde foram muito bem recebidos e onde gravaram seus melhores discos, este incluído, os pilares do seu som eram o vocalista Lonesome Dave e o guitarrista Rod Price que arrasava com sua guitarra slide, rock puro bem ao estilo dos anos setenta, acrescidos de uma pitada do blues elétrico.

Este "Energized" e os dois posteriores a ele, "Rock and roll outlaws" e "Fool for the city" que mostram a melhor fase da banda, são discos que entraram para a história do rock pela sua qualidade mas nunca tiveram a atenção que deviam.
Ouvi-los agora nos remete a lembranças da fase áurea do rock, além da grata surpresa de perceber o quanto eles estão atuais.

Ano de lançamento: 1974

Ano de aquisição: 1974