quarta-feira, 4 de novembro de 2009

LP e CD Physical Graffiti - Led Zeppelin







Para a postagem de nº 100, um disco de cotação também 100. Há discos que entram para história por algum motivo, uma bela capa ou a inspiração de seus músicos ou algumas músicas geniais ou talvez por uma polêmica. Eu diria que este disco do Led, tem pelo menos 20 motivos para entrar na história, vejamos quais, uma excelente capa, quatro músicos geniais e 15 músicas inspiradíssimas.

Falar do Led Zeppelin, um dos grupos mais consistentes do rock mundial, que serviu de inspiração para o surgimento de zilhões de conjuntos mundo a fora, chega a ser banal, assim como Beatles e Rolling Stones, qualquer adjetivo ou superlativo é puro pleonasmo. Apesar de sua curta discografia, já que a banda se desfez após a prematura morte do melhor baterista da história do rock em todos os tempos, John Bonham (seria muito difícil encontrar um a altura, em reuniões comemorativas o Led toca com dois bateristas ao mesmo tempo e não conseguem a mesma sonoridade), nunca um conjunto de discos teve tanta unidade e tanta qualidade quanto os do Led.


O primeiro LP, deste álbum duplo, começa de maneira enérgica com "Custard Pie" levando o ouvinte a entrar no clima, seu riff na introdução nos leva a crer que Jimmy e Keith foram os melhores neste departamento, transformou-se num clássico, aliás todas as músicas do LP 1 se tornaram clássicas, "Kashimir" a maior de todas, com seus toques orientais, o teclado pegajoso e inconfundível e segurando tudo a batera do Bonham (como o cara era bom). "The Rover", "Houses of the Holy" são puro peso, a guitarra, a voz, o baixo e a bateria num uníssono nunca vistos em um grupo de rock.

É impressionante como o Led consegue colocar em um caldeirão, sons mais dispares como blues, rockabily, jazz, folk americano, folk com raízes celtas e liquidificá-los, resultando no mais puro rock'n'roll, a dupla Page & Plant conseguiram a simbiose perfeita na arte musical, tendo como escudeiros John Paul Jones e John Bonham, elevaram o rock a um patamar acima do conceito já estabelecido até então.

O LP 2, mais acústico, menos pesado, mas, não menos excelente, começa com sons orientais que remetem a um passado distante e a uma cultura desconhecida, numa sensação mágica de sonho, para logo em seguida, através de Bonham nos trazer de volta a realidade, ao presente e ao futuro, que a música do Led tão bem representava. Na instrumental "Bron-Yr-Aur" Jimmy Page prova que na mão dele, solos de violão podem ser equiparados aos de guitarra. Se no LP1 eles pegavam os diversos estilos musicais e transformavam no mais autêntico rock, neste, eles retiram do caldeirão cada estilo, e numa versão própria mostram como deve ser tocado cada estilo, com resultados excelentes, o rockabily "Boogie with Stu" é o exemplo máximo, "Black Country Woman" um blues como só Janis Joplin saberia cantar, taí um encontro que seria interessante, Janis e Led tudo a ver.

Outra qualidade a parte deste álbum é sua excelente capa que se transformou junto com a do "Abbey Road" dos Beatles como as capas mais marcantes da história do Rock, sua arte grafica permitia que tivessemos pelo menos quatro diferentes capas, devido as janelas dos apartamentos do prédio serem vazadas, permitindo que ao trocarmos as capas internas aparecessem fotos do cotidiano dos integrantes do Led, como de pessoas comuns (conforme fotos), artificio este que infelizmente foi enterrado com o advento do CD.

Acreditem ou não, mas este ainda não é o melhor disco do grupo, é a pura verdade.

Ano de lançamento: 1975
Ano de aquisição LP: 1975
Ano de aquisição CD: 01/1999

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