quarta-feira, 9 de setembro de 2009

FESTIVAL MIMO - Joana Boechat - 06/09/09



Pela sexta vez consecutiva, a MIMO - Mostra Internacional de Música em Olinda promove a confluência da mais apurada música instrumental popular e erudita com a arte barroca das igrejas de Olinda. Festival que movimentou a cidade Patrimônio Histórico Mundial, apresentando música com qualidade acima da média.

Joana Boechat é uma jovem pianista de 24 anos, mineira de BH e que mostrou muita segurança na sua apresentação, tocou com desenvoltura do clássico romântico ao contemporâneo, bastante didática na apresentação das músicas, talvez decorrente do seu bacharelato em piano pela UFMG.

O recital iniciou com uma peça de Domenico Scarlatti, compositor italiano da era barroca, seguida de um compositor da era romântica, J. Brahms, onde ela demonstrou um delicadeza na interpretação apropriada para as peças, de Debussy ela tocou uma belíssima peça do compositor impressionista Francês.
O repertório apresentado por Joana foi um passeio pelas diversas fases da composição pianistica, da era mais antiga até a contemporânea que foi quando ela demonstrou mais segurança, destacando as peças dos compositores Brasileiros. Ela começou tocando uma peça de Ronaldo Miranda, compositor carioca que sempre compôs música de alta qualidade, as composições contemporâneas são sempre dificeis de digerir para espectadores não iniciados, causando estranheza a sua audição e não deu outra, depois desta peça, muito bem executada, quase 40% da plateia que lotava o Convento de São Francisco saiu, mas Joana não desanimou e ainda apresentou peças de Camargo Guarnieri e do Argentino A. Ginastera, para o bis veio com uma ciranda de H. Villa-Lobos.

Um talento promissor que surge no cenário erudito nacional.

2 comentários:

  1. Olá Robson,
    muito obrigada pelo post, fico lisongeada! Só hoje pude ver. Se você não se importar, gostaria de fazer algumas pequenas observações/correções no texto.
    . Domenico Scarlatti foi um compositor do período barroco, e não romântico.
    . Debussy foi um compositor do período impressionista da história da música, assim não podemos dizer que ele passou por uma fase mais impressionista.
    . Ginastera não era brasileiro, mas argentino.
    . e o bis foi de Villa-Lobos mesmo, mas foi uma Ciranda e não uma modinha.
    Só mais um comentário... a debandada do público pode ter sido em parte para pegar os outros concertos que estavam acontecendo, não? A música contemporânea é realmente mais difícil de compreender, você tem toda razão, mas o que sempre me impressiona é que a peça do Ronaldo Miranda é sempre muito elogiada pelos espectadores "não iniciados"!
    Parabéns pelo blog!
    Abraços,
    Joana Boechat.

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  2. Olá Joana, obrigado pelo comentário e elogio, tenho este blog apenas para desparecer e combater o stress diário. Agradeço pelas correções, mas só uma colocação, quanto ao Debussy, ele tem peças tão românticas que pensei que suas composições obedeceram fases distintas, quanto ao Ginastera, acho que coloquei mal a frase, realmente ficou parecendo ser Brasileiro, apesar de já saber que era Argentino.
    Quanto a debandada de público, infelizmente este é um mal do público Recifense em relação a música clássica, ainda não está muito acostumado, ontem, ocorreu a mesma debandada em um recital de Antonio Menezes, foi triste, principalmente por se tratar de uma figura de renome mundial.

    Mais uma vez, obrigado

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