quinta-feira, 18 de junho de 2009

Love it to death - Alice Cooper (LP)


Este foi o terceiro disco da Tia Alice, o primeiro por uma grande gravadora (Warner), antecessor do matador "Killer" (já postado aqui no blog). Alice Cooper e banda começavam a delinear seu som, ainda próximo ao som sujo de garagem, um rock sem muita firula bem simples, melodias fáceis, mas que já demonstrava que poderia evoluir muito, pode-se ouvir alguns bons solos de guitarra acompanhado de vez em quando por uma harmônica bem colocada, a voz de Alice está mais gutural que nunca. Destaca-se algumas músicas como "Caught in a dream" e "Black Juju" que começa com ares de Bolero de Ravel e vai num crescendo até a entrada triunfante de um órgão Harmond, volta a ser soturna para terminar os seus nove minutos de duração de maneira vigorosa, a grande canção do disco é "I'm eighteen" que se tornou seu primeiro grande sucesso e abriu as portas para que Tia Alice ganhasse o mundo, falando sobre as agruras e conflitos de um jovem de dezoito anos, com um peso na melodia, a música exprime bem o início dos anos setenta, pós guerra do Vietnã.

Para os fãs mais ardorosos, este é o grande disco da Tia Alice e um verdadeiro clássico do Rock, excessos a parte, o disco não faz feio e se mantém bastante escutável ainda hoje.

Ano de lançamento: 1971
Ano de aquisição: 1974

Nota: Apesar de ter sido lançado em 1971, só consegui comprá-lo aqui em Recife no ano de 1974, naquela época conseguir discos antigos era quase tão difícil quanto ganhar na loteria, as poucas lojas existentes na cidade não repunham os discos mais antigos dos artistas, este só foi relançado na esteira do grande sucesso que Alice conseguiu no Brasil, de outra maneira seria muito difícil, só importando, e pelos olhos da cara.

Estava numa fase de novas descobertas, o ardor por Tia Alice começava a diminuir, mas foi impossível resistir a tentação de ver um dos primeiros álbuns dele a venda nas lojas e com uma capa dessas, Alice sempre debochado (talvez tenha sido inspiradora para Paul McCartney no seu "Band on the run", só que bem mais comportado), é mais um disco que guardo com muito carinho.

2 comentários:

  1. Cara visionário este Alice Cooper. Fico pensando a viagem que devia ser um show dele em plenos anos 70. Adoro esse gênero de rock teatral, do qual Bowie e Kiss são, também, grandes expoentes. Perto deles, um Marylin Mason ainda está no jardim de infância.
    Abraço

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  2. É isso aí Luis, o Alice teve sua fase aurea no início dos anos 70, com o rock teatral e soube explorar isto como poucos, pena que ao longo dos anos tenha se perdido musicalmente, sem Tia Alice, com certeza Marylin Mason não estaria por aí.
    Um grande abraço.

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