domingo, 25 de abril de 2010

Esta Mulher é Proibida e New York, New York

Dois grandes filmes, duas histórias comoventes, dois casais de atores de primeiríssima linha com interpretações fantásticas e dois finais abolutamente tristes. Ainda não estou conformado. Alguém pode explicar isso?

Alva Starr (Natalie Wood) e Owen Legate (Robert Redford) estão em "This Property in Condemned", ou "Esta Mulher é Proibida", 1966, de Sidney Pollack, uma adaptação da peça de teatro homônima de Tennessee Williams . Eles são, respectivamente, a personificação da sensualidade e da elegância, e fizeram o diabo para estar juntos e passar por cima de tantas adversidades durante a Grande Depressão norte-americana (1930). Só não conseguiram passar por cima da maldade da mãe dela e da penumonia que atingiu a moça depois de uma chuva em New Orleans. E o que dizer da adorável Willie? Que fim terá levado aquela doçura?

Já Francine Evans (Liza Minelli) e Jimmy Doyle (Robert de Niro) estão em "New York, New York", 1977, Martin Scorcese. Eles são estrelas emergentes cumprindo o seu destino numa década de muito swing (1940), comeram o pão que o diabo amassou para chegar onde chegaram, nas estradas e nos subempregos da vida, após o Dia da Vitória norte-americano, e tinham de tudo para comemorar um dos finais mais felizes da história do cinema. Mas o botão do elevador mudou o curso da estória e o jantar no restaurante chinês deu lugar a uma caminhada solitária pela mesma chuva do outro filme.

Assistir a esses dois filmes, em dias consecutivos, alimenta a alma de qualquer cinéfilo. Mas também faz a indagação soar mais forte: afinal de contas, o que se leva de tudo isso mesmo? Haja coração...

Postado por Marcus Vinícius Midena Ramos.

Um comentário:

  1. Salve, salve Marcão,
    que prazer tê-lo novamente aqui, com seus comentários sempre pertinentes.

    New York, New York é para mim um dos grandes marcos da cinematografia mundial, eu fiquei abestalhado de tanto prazer quando assisti na época, principalmente por causa da dupla Martin Scorcese/Robert de Niro, um verdadeiro contraponto ao violento e excelente Taxi Driver, e isto me encantou, pois percebi que eles faziam tudo muito bem, uma verdadeira aula de cinema.

    Abraços e apareça mais vezes.
    Robson

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