segunda-feira, 27 de setembro de 2010

FESTIVAL MIMO - Leo Gandelman e Novo Quinteto - 6/09/10





















Leo Gandelman é um instrumentista, arranjador e compositor dos mais bem sucedidos da cena instrumental brasileira e como tal foi recebido neste quinto dia do Festival MIMO - Mostra Internacional de Música em Olinda, acompanhado do grupo "NOVO QUINTETO", comandado pelo excelente Henrique Cazes e tendo como integrantes os não menos excelentes músicos, Maria Teresa Madeira (piano), Marcos Nimrichter (acordeon), Omar Cavalheiro (contrabaixo) e Jurim Moreira (bateria), sob os olhares atentos da plateia que lotou o Seminário de Olinda.

Leo Gandelman em sua já extensa carreira, oscila entre a mais pura burocracia instrumental até o mais palatavel som extraído do seu saxofone, neste dia, talvez inspirado pela companhia do Novo Quinteto, ele deixou o som burocrático de lado se entregando a fluidez sonora de obras de exímios compositores, tais como Radamés Gnattali e Tom Jobim e aí é ingável a qualidade técnica e artística deste músico, ouvi-lo tocar composições destes e outros mestres é sempre um prazer, principalmente quando ele improvisava, o que sabe fazer muito bem.

Poucos são os músicos que podem contar com o auxílio luxuoso de um grupo como o Novo Quinteto, uma retomada do antigo Quinteto Radamés Gnattali, eles por si só já poderiam ser um espetáculo a parte, devido a excelência dos seus músicos. Henrique Cazes pode ser considerado um dos mais perfeitos instrumentistas deste País, além de guitarrista, violonista, produtor, ele também é um dos maiores historiadores musicais do Brasil, sua contribuição a memória cultural brasileira é inestimável. Com um repertório afinadíssimo, só com pérolas musicais brasileiras, o show desenrolou com uma sonoridade ímpar, trazendo uma satisfação geral, tanto da plateia quanto dos músicos.

No Bis, uma surpresa que abrilhantou mais ainda o já brilhante show, Léo chamou ao palco, um saxofonista que vem consolidando sua carreira como uma das melhores surgidas em Pernambuco nos últimos anos, o Maestro Spok, que vem entre outras coisas, dando uma renovada no frevo, o legítimo som Pernambucano, e que tem provado que é um músico versátil, passeia por vários estilos musicais, sempre com a mesma competência. Evidentemente que nada melhor para fechar um show em Olinda do que tocar dois frevos o que levantou os espectadores, tornando a festa ainda melhor, a alegria aumentou na bela igreja de Olinda.

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