terça-feira, 4 de maio de 2010

Show Nouvelle Vague - 01/05/10

Denominado de projeto Mercado da Música, que já trouxe Pedro Luís e a Parede no mês de março e fincado no desconfortável, mas alto astral, Mercado Eufrásio Barbosa em Olinda/PE, desta vez a atração principal foi a banda francesa, ou projeto coletivo, como eles preferem ser chamados, Nouvelle Vague, a abertura coube a simpática banda pernambucana Bande Ciné que revisita clássicos do cancioneiro Francês.


Marcado para iniciar às 22:00h, o primeiro show só começou com hora e meia de atraso, o que já se tornou uma rotina neste local, já incorporado pela plateia composta em sua maioria de jovens entre os 18 e 25 anos, que estavam ali com interesses outros além do show, a garotada alegre, bonita e saudável, não se preocupou muito com o atraso, queriam mais era paquerar, beber e beijar. Os jardins do Mercado era o mais procurado, afinal no local do show o calor era insuportável, mesmo com pouca gente.


A pernambucana Banda Ciné, encarregada de esquentar a plateia, abrindo o show, dedica-se a releituras das músicas do País, cujo presidente é aquele cara, marido da Carla Bruni, principalmente das decadas de sessenta e setenta, com uma vocalista Tati Monteiro bem simpática e de voz agradável, eles fazem um som dançante, cheio de balanço e pitadas de jazz, bossa nova, iê-iê-iê e chachacha, agradaram em cheio a plateia que se predispos a ir tomar uma sauna perto do palco, o diferencial foram algumas rumbas que colocaram todos a bailar. O público esquentou as turbinas para o próximo show.

Um intervalo para o temaki, a cerveja o xixi e invariavelmente muitos beijos, ao som bem legal de um dj.

Vendida como uma banda francesa que fazia versões bossa nova dos sucessos pop rock dos anos 80, elevou a curiosidade e lá fui eu achando que iria encontrar um Mercado com poucas pessoas, afinal, eu nunca tinha ouvido falar desta banda (quem manda ficar fazendo resenha de LPs antigos), ledo engano, na hora que as duas beldades femininas, encarregadas do vocal do grupo adentraram ao palco, o local já estava totalmente lotado, e não era só de curiosos feito eu, a garotada já conhecia a banda e cantava com ela algumas músicas. Com o repertório todo de covers de grupos cults e não-cults, na maioria dos anos oitenta, elas logo logo estavam com a plateia na mão, principalmente os marmanjos, as duas, além de bonitas, tem voz possante e bela, o que ajuda a realçar os arranjos potentes do grupo, se aquilo que eles tocaram no show é versão bossa nova, fico imaginando eles tocando uma versão metal de um Megadeth, não ia ter tímpano que aguentasse.

Com a plateia no bolso, devido a fácil comunicação da vocalista brasileira Karina Zeviani, foi fácil levar o show, apesar do calor, a vocalista para ser simpática, apenas comentava sobre o calor, apesar de seu vestido ficar totalmente suado e transparentes, os marmanjos adoraram, algumas menininhas também. A outra vocalista, a belga, Helena Nogueira, além do rosto e corpo bonitos, também tinha uma voz possante, mas como bailarina, parecia o Robocop de tão desingonçada, enquanto isso a Karina dava um show de leveza, ah..... a mulher brasileira, sempre ela.

Nesta era do "recorte" e "cole", quando reina o pastiche, A Nouvelle Vague se tornou o arquetípico projeto-referência, explodiu sabe-se lá porque - embora pistas levem a crer que foi no festival "No ar: Coquetel Molotov" lá no já longínquo ano de 2007, quando lotou o teatro da UFPE. As versões executadas neste show, ganham aspectos, digamos, bossa rock, pois do estilo criado por Tom Jobim, só mesmo a versão de "God save the Queen" do Sex Pistols com banquinho e violão. O show satisfez em cheio a garotada e os poucos já rodados como eu, um grupoque em nada lembra a tranquila música francesa, mas cheio de gás e com ótimas versões de clássicos e não clássicos. Valeu suportar o calor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário